Eles estavam nus, suados e ofegantes no chão do quarto de Fang Yan. O choque da expulsão do espaço do livro havia sido substituído pela confirmação inegável: a união havia sido bem-sucedida.
O Espírito que estava sobre ele, ainda ofegante, falou pela primeira vez seu nome.
"Meu nome é Lin er,"
ela disse, a voz melodiosa agora carregada de uma satisfação mal contida.
Fang Yan sorriu, levantando a cabeça.
"Fang Yan."
Ele olhou para o peito dela. Entre os seios, na pele branca, agora havia uma marca sutil: uma corda fina, composta por fios entrelaçados em preto e vermelho. Ele levou a mão ao próprio peito. Sentiu a mesma marca, pulsando levemente sob a pele.
"Funcionou," ele disse, a constatação misturada com seu prazer analítico. Ele então, com sua indiferença característica, questionou:
"Nós iremos fazer de novo, ou o quê?"
Lin er percebeu a situação. Ela estava sentada no colo dele, com a parte dele ainda dentro dela. Com um leve rubor que Fang Yan notou com interesse, ela se levantou, sentindo os fluidos dele escorrerem de dentro de seu corpo etéreo.
Ela não precisou se vestir. Ela apenas estalou os dedos, e o belo vestido vermelho, com seu decote ousado e a abertura lateral, reapareceu, envolvendo-a perfeitamente.
Fang Yan se levantou. Seu corpo físico, no entanto, não possuía a mesma facilidade.
Ele foi até o canto do quarto para pegar novas vestimentas, presumindo corretamente que as roupas que usava antes haviam sido perdidas na dimensão do selo.
Enquanto ele pegava a roupa, Lin er teve a chance de observá-lo de perto. Ela notou as feridas nas costas, algumas quase fechadas.
Mas ela viu as marcas vermelhas e profundas de suas próprias unhas, feitas durante a intensidade da união. Algumas dessas marcas haviam aberto novamente as cicatrizes superficiais das chicotadas, fazendo-as sangrar ligeiramente.
Com sua calma habitual, Fang Yan pegou uma bandagem limpa e começou a refazer os curativos, não para fechar as feridas completamente, mas para estancar o sangramento e evitar que a sujeira entrasse.
Ele estava se vestindo enquanto cuidava de si mesmo.
"Agora, sobre os termos,"
Lin er começou, sua voz voltando ao tom de superioridade. Ele ouvia atentamente.
Ela explicou os benefícios do laço, a transferência de conhecimento do espírito, a proteção invisível e a lealdade, tudo o que Fang Yan já havia deduzido.
Ela chegou ao ponto final, o mais crucial para ela:
"E a condição final é o sangue."
Fang Yan parou de se vestir.
"Eu precisarei do seu sangue para não enfraquecer e poder ficar forte o suficiente para manifestar meus poderes no seu mundo. O laço consumado me permite drenar sua essência vital, mas a manifestação de habilidades requer seu sangue regularmente."
Ela falava com a seriedade de quem sabia o custo.
Fang Yan, depois de um momento de consideração prática sobre o valor de Lin er como parceira versus o custo físico de seu próprio sangue, respondeu com indiferença:
"Tudo bem. Quando eu recuperar minhas cicatrizes e elas fecharem, eu darei meu sangue."
A aliança estava completa. O demônio e o espírito estavam unidos pelo sangue e pelo sexo, e o Mundo Murim estava prestes a sentir o impacto da dupla.