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HERDEIROS — A Academia dos Destinos

LORDZINN777
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Synopsis
Numa escola onde o futuro do mundo é decidido antes da formatura, seis adolescentes chegam carregando um fardo que ninguém pediu: serem os herdeiros dos poderes mais perigosos de todos os tempos. Mas eles não são cópias dos pais. Eles são a prova viva de que escolhas criam monstros — ou lendas. Kenzo, o filho do Rei Macaco, luta sorrindo como se o mundo fosse um parque de diversões. Zero, o herdeiro do Espírito do Inverno Eterno, transformou o gelo em fogo — porque decidiu nunca ser sozinho. Heisen, descendente de Loki, hackeou a magia e criou algo que nem os deuses entendem. Ayumi, a Flecha Lunar, não erra — mas tem medo de acertar. Luna, herdeira da Luz Imortal, pode curar… ou apagar alguém para sempre. E Anubis… ninguém sabe de onde ele veio. Só sabem que ele não tem rival. Eles não são amigos. Não são inimigos. Ainda. Quando os seis finalmente se encontram, a escola inteira percebe: não é uma geração forte. É a geração que vai quebrar o destino.
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Chapter 1 - CAPÍTULO 1 — A CHEGADA DOS HERDEIROS

O som dos trens flutuantes ecoava pelos céus enquanto a Cidade Abandonada nº 07 se transformava no palco mais esperado do ano. Não havia ruínas comuns ali — cada parede destruída era reconstruída magicamente para o torneio, mantendo a atmosfera pós-guerra perfeita para os testes de destruição. Telões gigantes pairavam no ar exibindo imagens ao vivo, enquanto milhares de estudantes, professores e visitantes de outros continentes se reuniam nas arquibancadas tecnológicas da Academia dos Destinos.

Todos sabiam: hoje não era apenas o primeiro dia do ano escolar.

Hoje era o dia da chegada dos Herdeiros.

— Já viram os rankings? — uma menina cochichou, ajeitando seus óculos encantados. — Dizem que os três chegam hoje.

— O filho de Loki, o de Jack Frost e… o mais esperado… o herdeiro do Rei Macaco — outro garoto completou, quase tremendo.

Nem todos acreditavam. Alguns achavam exagero, lenda, puro teatro da mídia mágica. Mas mesmo os descrentes olhavam para o céu. Porque era assim que eles viriam.

---

O primeiro a aparecer foi envolto por ventos que literalmente se confundiam com risadas.

Não risadas humanas. Pareciam ecos… ecos de algo antigo e livre.

Quando o círculo de luz pousou no chão, o jovem no centro levantou o rosto, estalou os ombros e respirou fundo.

Kenzo — o Filho do Rei Macaco.

Pele levemente bronzeada, corpo definido sem exageros. Cabelos castanhos bagunçados, selvagens, com fios livres demais para serem arrumados. Seus olhos — castanho-escuros — mostravam algo diferente: firmeza, liberdade e a estranha sensação de que ele sempre sabe mais do que demonstra.

Vestia a clássica túnica branca com detalhes dourados delicados, bordados minuciosos e faixas vermelhas cruzadas no peito, seguradas por um broche dourado em forma de coroa ancestral. A calça larga bordô com adornos dourados completava sua postura real.

Seu braço direito estava relaxado, mas seus punhos mostravam discretas rachaduras de energia dourada, como se algo ali dentro despertasse sozinho.

Sua aura brilhava em névoa branca e dourada, envolta suavemente pelos pés e ombros, como uma lembrança viva de seu sangue.

Kenzo olhou o lugar inteiro, coçando a nuca.

— Mano… tem muita gente olhando — comentou, meio rindo, meio envergonhado.

Silêncio.

Até que, do nada, ele simplesmente ergueu a mão e mandou um:

— Bom dia, gente bonita!

A arquibancada explodiu.

— Ele falou bom dia?! —

— Ele parece tão normal! —

— NORMAL? ELE É O HERDEIRO DO REI MACACO!

Ele sorriu, tranquilo. Como se estivesse ali apenas para curtir a vida, não para carregar um legado.

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O segundo círculo de luz caiu a alguns metros à direita.

Dessa vez, não havia ventos, nem risadas.

Havia símbolos.

Runas.

Verdes, brilhantes, girando em círculos como pequenos planetas ao redor do jovem que se materializava.

Heisen — Filho de Loki.

A expressão? Arrogante, calma e incrivelmente consciente de si mesmo. Não parecia impressionado com a atenção, muito menos desconfortável.

Seu cabelo verde escuro estava estilizado de forma bagunçadamente elegante, como se nunca ficasse igual duas vezes. Alguns fios levantados davam uma aparência rebelde, estratégica.

Seu casaco esmeralda militar, repleto de correntes douradas, botões metálicos e bordados de símbolos rúnicos, refletia sua linhagem de forma clara. As botas negras, as luvas encantadas e o jeito como ele mantinha as mãos nos bolsos tornavam sua presença… provocante.

Ele encarou Kenzo antes de qualquer outra pessoa.

— Você é mais barulhento do que imaginei.

Kenzo sorriu, girou o pescoço e respondeu:

— E você é exatamente como imaginei. Cara de quem julga todo mundo.

Heisen riu de leve. Não negou.

Os alunos sussurravam:

— Ele tem cara de gênio. Ou psicopata.

— Dizem que ele manipulou quatro professores com magia rúnica no teste de admissão.

— Dizem que ele decorou o nome de todos os alunos antes mesmo de chegar aqui.

— Ele consegue ler mente?

— Não, mas consegue fazer você achar que ele consegue.

Heisen apenas olhava. Medindo. Observando. Guardando tudo.

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E então, o último círculo se abriu.

Foi diferente.

Foi intenso.

Foi quente… e frio.

As nuvens acima começaram a se dividir — literalmente — metade azul cristalina, metade alaranjada flamejante. Uma chuva lenta começou a cair, mas as gotas não eram água. Eram partículas brilhantes — algumas evaporavam como fogo, outras congelavam ao cair.

Zero — Filho de Jack Frost.

Ele surgiu devagar. Como se soubesse que todos queriam ver. E como se soubesse que ninguém esqueceria.

Seu cabelo era a primeira coisa que chamava atenção — naturalmente misturado entre vermelho fogo e azul gelo, pontiagudo como cristais. Seus olhos tinham o mesmo contraste: um azul cristalino com reflexos flamejantes. Pele clara, com brilho elemental refletido.

Sua jaqueta mágica era estilizada com metade em textura de gelo escultural e metade com tecido vermelho vivo que parecia ondular com calor. Ombreiras congeladas de um lado, faixas ardentes do outro. O chão ao seu redor começava a se alternar entre gelo e chamas leves.

Ele soltou um sorriso provocativo e simplesmente disse:

— Cara… isso aqui vai ser divertido.

Uma garota na plateia literalmente desmaiou.

As câmeras flutuantes focaram nele.

Os alunos sussurravam, apavorados e fascinados:

— Dizem que ele aprendeu a controlar fogo e gelo sem perder a sanidade.

— Dizem que ele recusou a herança da solidão do pai e criou seu próprio caminho.

— Dizem que ele pode congelar fogo e incendiar gelo, ao mesmo tempo.

Heisen cruzou os braços, fitando Zero.

— Sempre achei exagero. Agora acho… parcialmente exagero.

— Inveja — Zero respondeu, girando a jaqueta com pose.

Kenzo entrou no meio dos dois, sorrindo:

— Do nada já começou competitivo. Nem chegamos na sala.

Silêncio.

Então eles notaram.

As pessoas ao redor, literalmente… não tiravam os olhos.

— Eles são… os três.

— Os Herdeiros.

— O início da nova Era.

Estudantes, professores, visitantes — todos observavam calados.

Não havia aura gigante de poder agora. Nem demonstração de habilidades.

Era só presença.

E ninguém conseguia ignorar.

Zero deu um passo à frente, ergueu o queixo e encarou os telões e o campo de ruínas que seria palco do torneio.

— Então é aqui que a gente prova que herança não é só sobrenome.

Heisen olhou para a cidade destruída ao fundo — o lugar onde eles lutariam futuramente — e murmurou, com um leve sorriso torto:

— É aqui que começamos a escrever o que ninguém pode copiar.

Kenzo fechou os punhos, e pela primeira vez, a energia dourada brilhou forte ao redor dele, soprando o vento.

Ele respirou fundo, e disse, com um olhar sério, quase… real:

— É aqui que a história começa.

Silêncio.

Nenhum aluno falou.

Simplesmente observaram.

Não sabiam que, anos depois, esse seria o momento lembrado como:

"O Dia em Que os Herdeiros Pisaram na Academia."

E naquele instante, antes mesmo de lutarem, antes mesmo de mostrarem seus poderes —

Eles já eram lendários.