Inko Midoriya estava na cozinha, lavando a louça e pensando em seu filho. O apartamento parecia quieto demais, o que era incomum para Izuku, que costumava estar no quarto rabiscando em seus cadernos ou assistindo vídeos de Heróis.
Ela sabia que algo havia mudado. Desde o dia em que ele acordou de forma tão estranha, havia uma nova energia nele.
Inko, pensando em como o filho estava diferente e diz: Ele está estranho. Mais focado. Ele parou de chorar por causa do Quirk. Ele estava triste, mas agora... ele está sempre sorrindo. Isso é bom, mas me preocupa.
Naquela manhã, Izuku tinha saído de casa com uma determinação silenciosa que Inko nunca tinha visto. Ele mal tinha tocado no café, murmurando algo sobre "treinamento".
Ela foi até o quarto dele. A cama estava feita, e os cadernos de análise estavam empilhados de forma organizada, o que era um milagre. No chão, ela notou que havia um pouco de sujeira e areia.
Inko, pensando na sujeira e onde o filho estaria indo e diz: Onde ele estava para ficar com essa sujeira? Ele não vai mais brincar na areia. Ele está se envolvendo em brigas?
A preocupação materna era palpável. Inko era uma mãe atenciosa, e a ideia de Izuku, o garoto sem Quirk, se machucando era um pesadelo constante. Ela sabia que os valentões da escola, especialmente o Katsuki-kun, eram cruéis.
Ela foi até a sala e ligou a televisão. O noticiário local estava no ar, cobrindo o assalto a banco que havia acontecido recentemente.
Repórter (na TV): ...O mistério em torno do novo herói 'Ladybug' continua. Muitos estão especulando sobre a identidade desse jovem prodígio que demonstrou uma tática e agilidade surpreendentes, neutralizando a ameaça de forma não-letal.
Inko assistiu à gravação. O Herói misterioso de bolinhas vermelhas se movia com uma graça e eficiência incríveis. A maneira como ele se esquivava e usava um yo-yo... parecia quase uma dança.
Inko, pensando em como o filho era fascinado por Heróis e na semelhança entre ele e o novo Herói e diz: Meu Izuku é fascinado por Heróis... mas ele é tão desajeitado. Aquele herói... é muito rápido. Não, não pode ser. Izuku jamais faria algo tão perigoso.
De repente, ela olhou para a mesinha de centro. Havia uma folha de caderno rabiscada com anotações que pareciam hieróglifos para ela: Rajada de Vento (5 Chi), Rosa Arcana (0 Rad), Talismã (5 min). E, em um canto, a anotação: Força 2! Preciso aumentar!
Inko pegou a folha, franzindo a testa.
Inko, pensando nas anotações e na palavra 'força' e diz: O que é Chi? E Rad? E por que ele está obcecado com a Força? Ele está lendo sobre treinamento físico? Ele está treinando? Ele nunca fez isso antes.
A confusão deu lugar a uma pontada de esperança. Embora as palavras fossem estranhas, a intenção era clara: Izuku estava se esforçando.
Ela se lembrou das lágrimas dele após o diagnóstico de "sem Quirk". Agora, parecia que a resignação havia desaparecido, substituída por um fogo lento, mas forte.
Naquele momento, a porta da frente se abriu, e Izuku entrou. Ele estava suado e exausto, mas seus olhos verdes brilhavam com uma satisfação silenciosa.
Izuku: Oi, mãe. Eu estou em casa. Vou tomar um banho.
Inko guardou a folha de anotações no bolso e forçou um sorriso, abraçando-o. Ela sentiu a tensão e o cansaço nos ombros dele, algo que nunca havia sentido antes.
Inko: Você parece cansado, querido. Onde você estava? Não se esforce demais, sim?
Izuku: Eu estava... correndo um pouco, mãe. Eu decidi que vou treinar. De verdade. Eu tenho que ser forte.
Inko olhou para o rosto determinado dele. Ela viu a mancha de sujeira na bochecha, a pequena sujeira de areia nos sapatos. Ela queria perguntar sobre o "Ladybug", sobre o treino, sobre os rabiscos estranhos. Mas ela decidiu não fazer isso.
Inko, pensando em como ela deve apoiar o filho sem sufocá-lo e diz: Eu vou te apoiar. Meu Izuku está crescendo.
Inko: Tudo bem, querido. Apenas tenha cuidado. Vou preparar seu jantar favorito. E da próxima vez, use luvas quando for... treinar.
Izuku sorriu para ela, um sorriso genuíno e confiante que ela não via há anos.
Izuku: Obrigado, mãe. Eu vou.
Enquanto Izuku ia para o banho, Inko ficou na sala, olhando para a porta do quarto dele. Seu coração ainda estava cheio de preocupação, mas, pela primeira vez em muito tempo, havia mais esperança do que medo. Seu filho estava embarcando em algo grande, e ela teria que aprender a confiar nele.