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Chapter 14 - 14 - An unexpected guest invades the room

O burburinho era como uma corrente viva, espalhando-se pela Arena Leste conforme cada novo estudante entrava. Não eram apenas curiosos da Classe E-1. Estudantes da Classe D e C, membros importantes das facções Alvorada Arcana, Lâminas do Crepúsculo e Punhos de Aço, todos se reuniam, ocupando os anéis das arquibancadas com olhos famintos. Algo fora do comum estava para acontecer, e o cheiro da tensão misturava-se ao aroma rúngico que pairava na atmosfera encantada.

No centro, Bryan estava parado como um espectro entre realidades. Seu corpo relaxado, mas seus sentidos refinados como a lâmina de uma adaga. Nenhuma abordagem, nenhum traço de ansiedade: apenas uma mente fria e calculista, examinando cada movimento de Kyle Trevane.

Quando Kyle apresentou uma aposta absurda de 8.000 pontos, Bryan sentiu um leve calafrio de motivação. Aceitou sem hesitar. Ele não tinha pontos para oferecer — mas também não planejava perder.

As runas douradas do contrato cintilaram ao selar a aposta.

Assim que o Mestre Mervin autorizou o início, Bryan, sem fazer movimentos vistosos, sussurrou mentalmente:

—Sistema. Análise de Combate.

Num instante, sua percepção do mundo mudou.

Era como ver uma cortina sendo arrancada. As articulações de Kyle se destacaram em traços sutis. Pontos de tensão nos ombros, nos joelhos, nos pulsos. Ritmo da respiração, descompasso nos feitiços de reforço. Cada falha, cada brecha, cada possibilidade de morte — projetada diante de seus olhos como linhas invisíveis de destino.

Kyle avançou, envolvendo-se em ventos cortantes e faíscas verdes. Seus feitiços eram eficientes, mas cheios de espaços mortos.

Bryan sacou suas espadas curtas com um movimento tão fluido que sequer foi produzido.

A lâmina da mão direita desenhou um arco sutil no ar, desviando o primeiro chicote de vento.

À esquerda, cortou o véu de magia que Kyle projetou como uma parede.

O confronto era terrível. Kyle atacava com velocidade, com furor, como se cada golpe fosse esmagar Bryan por pura força.

Mas Bryan era um rio.

Dobrou-se sob os ataques. Esquivou-se, deslizando pelas aberturas mapeadas pela Análise de Combate. E quando atacava, era como uma picada venenosa: rápida, precisa, devastadora.

Kyle recuou, ofegante, os olhos arregalados.

Ele percebeu, tarde demais, que Bryan não estava reagindo – estava prevendo.

Então Bryan aplicou o que havia aprendido.

Deslizando pela lateral do ataque de Kyle, seus movimentos fluiram para um novo padrão de esgrima: "Trência de Aço e Vento" — uma técnica descrita em um dos grimórios que estudava na biblioteca.

Girou seu corpo, suas lâminas cortando o espaço com um silvo mortal. Cada passo se encaixava no ritmo do adversário, quebrando sua postura sem que Kyle percebesse.

A primeira estocada abriu a guarda de Kyle.

A segunda rasgou a proteção mágica no flanco esquerdo.

A terceira, uma estocada invertida, parou a centímetros da garganta do adversário.

E nesse momento, como se o próprio sistema fosse regularizado, algo dentro de Bryan mudou.

Ele não apenas lutava.

Ele dominava.

O conhecimento teórico solidificou-se na prática perfeita. Sua mente e seu corpo se fundiram em uma dança letal.

Sentiu-se mais rápido. Mais refinado.

Bryan recuou dois passos, girando as espadas em um movimento tácito.

O Sistema Acreditado:

"Nova Habilidade Adquirida: Fluência Marcial — Aprimora a capacidade de adaptar estilos de espada em combate vivo, fluindo falhas técnicas e aumentando a precisão em 15%."

Kyle Rosnou. Seus olhos verdes-musgo cintilavam com desespero agora.

Ele rugiu, liberando sua mana em uma última tentativa desesperada, cobrindo seu corpo com armadura etérea.

Mas Bryan já era outra criatura.

Com a Fluência Marcial reforçando cada fibra de seus músculos, esquivou com moda. Contra-atacou em três golpes: um para desarmar, um para desequilibrar, um para finalizar.

Quando Kyle caiu de joelhos, arfando, Bryan sentiu aquilo de novo.

a sua fome, aquela torrente rubra e quente borbulhando no fundo do peito.

O controle vacilou.

A aura de tempestade de Bryan explodiu como uma primitiva.

Seus olhos se encheram de poços de sangue vermelho.

Ele investiu contra Kyle não como um duelista, mas como um predador.

Chutou o peito do adversário, fazendo-o voar e quicar no solo.

Avançou antes que o corpo parasse, agarrando-o pelo colarinho, levantando-o como uma presa morta.

Só parou quando sentiu a resistência sumir.

A pulseira de Kyle piscou discretamente.

Bryan soltou-o como se fosse lixo.

O chão tremeu com o impacto.

O campo brilhou, selando o duelo.

Mervin começou a se mover para intervir, mas já não era mais necessário.

Bryan, parado, respirando devagar, deixou o vermelho sumir dos olhos.

Ele não havia apenas vencido.

Tinha esmagado.

E pela primeira vez desde o início, uma arena inteira permanece em silêncio absoluto.

Todos foram testemunhados de algo que não compreenderam completamente.

Mas sabia, instintivamente, que o mundo deles havia mudado.

Bryan Blake não era apenas um estudante comum.

As arquibancadas da Arena Leste permaneceram mergulhadas num silêncio tenso após o fim abrupto do duelo. Não houve mais gritos, nem aplausos. Apenas olhares fixos, carregados de uma mistura de incômoda de medo, respeito e incredulidade.

Entre os representantes da Alvorada Arcana, o impacto foi imediato.

Hanna Velmira descruzou lentamente os braços, sua expressão antes levemente divertida agora tomada por uma frieza calculada. O sorriso em seus lábios desaparece, substituído por um franzir de cenho preocupado. Ela virou o rosto para Selena Mirkh, que estava pálida, os olhos dourados estreitos.

— "Isso não é apenas talento bruto." — Hanna disse em tom baixo, as palavras escorrendo como lâminas geladas. — "É formação. Instinto policiado assassino."

Selene abriu a borda da cadeira.

— "Ele quase matou Kyle sem usar magia ofensiva. Quase como... um predador contido."

Naevys Alcor cruzou os braços, olhando para Bryan como se observasse uma fera desconhecida.

— "Deviámos considerá-lo um problema." — murmurou. — "Um que crescerá se o ignorarmos."

Hanna não respondeu imediatamente. Seus olhos dourados, típicos da Alvorada Arcana, brilhavam de uma maneira estranha — um misto de respeito relutante e luxuoso.

Enquanto isso, entre os membros do Punhos de Aço, o sentimento era outro.

Deyron Orkan soltou uma curta risada pela narina, os braços cruzados sobre o peito largo.

— "Finalmente... Alguém que luta como deveria." — disse, com um tom quase satisfeito.

Ao seu lado, Kael von Rheinhardt observou Bryan com olhos semicerrados.

— "Mas ele é acolhedor."

Deyron apenas sorridente, um sorriso duro.

— "Instável ou não, ele venceu. E esmagou um veterano da Classe B em público. Isso muda a ordem."

Por outro lado, entre as fileiras das Lâminas do Crepúsculo, a atmosfera era ainda mais silenciosa.

Uma jovem de cabelos claros e ondulados, sentada nas primeiras fileiras — Yvaine Serenn — inclinada para um colega ao lado, seus olhos prata vibrando de tensão contida.

— "Você viu como ele movia? Não era só habilidade... parecia que ele enxergava o futuro de Kyle."

A outra garota, cabelos castanhos escuros, respondeu em um sussurro:

— "Era como se cada movimento dele fosse predestinado... preciso demais para ser normal."

Yvaine abriu a barra de sua capa.

— "Não deveríamos antagonizá-lo."

Mais acima, oculto nas sombras, um dos observadores seniores da facção brilha levemente.

— "Ou deveríamos recrutar... antes que o Alvorada tente."

No campo, os membros do grupo de Kyle estavam à beira do pânico.

Ryan Velk — o dos cabelos pretos bagunçados — apertava os punhos, os olhos arregalados.

— "Kyle... ele... ele foi destruído."

Luenn Arvak sacudiu a cabeça, incapaz de encontrar palavras. Sua boca se move, mas apenas ruído incoerente saiu.

Melissa Dalven, uma garota de cabelos negros longos, manteve uma calma superficial, mas suas unhas cravadas no banco de pedra denunciavam a tensão. Ela murmurou, como se para si mesma:

— "Não foi uma luta. Foi uma execução."

Tessa Ryn, com seus cabelos dourados cacheados, sussurrou:

— "O que vamos fazer agora? Kyle... perdeu todos os pontos... e a confirmação..."

Ryan olhou ao redor, como se a própria estrutura da Academia estivesse desmoronando sob seus pés.

Melissa estreitou os olhos, olhando para a arena onde Bryan permaneceu parado, sozinho.

— "Isso... não vai acabar aqui."

Um leve sorriso frio curvou seus lábios.

— "Esse duelo... foi apenas o começo."

Ao redor da arena, o boato silencioso de mudança começou a circular. Grupos cochichavam, alianças silenciosas se formavam, suposições antigas eram eliminadas. Algo no status quo da Academia de Elyndor havia sido quebrado.

E no centro de tudo isso, parece que se importa, enquanto se dirige até Mervin.

Todas as classes — E, D, C e até algumas B — observaram Bryan Blake como se estivessem diante de algo que o Estudante não deveria ter testemunhado. Um predador em pele humana, camuflado sob a máscara de um novoto. A comoção foi tamanha que até alguns instrutores presentes trocaram olhares cautelosos, como se estivessem reavaliando tudo o que perderam saber sobre a nova geração.

O sistema da Academia, eficiente e impiedoso, notificava automaticamente as recompensas e recompensas. Quando Bryan obteve seu dispositivo, o painel holográfico projetou:

[Pontos de Contribuição Obtidos: 8200]

Incluiu uma aposta selvagem de 8.000 pontos e uma bonificação especial concedida por Mervin Calder pela fachada extraordinária de derrota de um oponente dos quatro níveis acima, algo quase inédito na história recente da Academia.

Mervin, com seu andar pesado e olhos avaliados, mudou-se, a aura de veterano suportou oscilando ao redor dele.

— Você tem permissão para se retirar, Blake. — disse, a voz roçando em respeito genuíno. — E pegue isso também.

Uma notificação extra piscou:

[Bônus Especial: +500 Pontos de Contribuição]

Bryan apenas acenou, sem teatralidade, sem a mínima arrogância. Com passos firmes e silenciosos, deixou a arena, sob os olhares chocados, murmurantes e, em muitos casos, temerosos.

No caminho, foi interceptado.

Um jovem robusto, cabelos castanhos curtos, olhos negros intensos e uniforme marcados com o emblema dos Punhos de Aço bloqueiam seu trajeto com um sorriso firme.

- Bryan Blake. Sou Dorian Vraek, Primeiro Líder dos Punhos de Aço. Gostaria que considerasse se juntar à nossa facção.

Bryan olhou diretamente, avaliando-o com frieza e lógica. Dorian era forte — a postura dizia isso — mas ainda assim, não suficiente para chamar seu interesse naquele momento.

— agradecimento pela oferta. Mas vou recusar. Ainda não é o momento.

Dorian expressou, como se já esperasse aquela resposta, e deu um passo para o lado, permitindo sua passagem, sem insistir.

Bryan segue seu caminho até o dormitório E-1.

Quando finalmente adentrou seu quarto, trancou a porta com um gesto, fortalecendo a barreira mágica com sua própria assinatura de mana. Retirou o uniforme, jogando-o de lado, revelando o corpo em plena forma. Cada linha de músculo parecia esculpida com precisão cirúrgica: ombros largos, abdômen trincado, costas definidas em V, como um guerreiro de lendas antigas.

Entrei no banheiro. A água quente escorria pela pele, levando consigo o suor, o sangue seco e a tensão do combate brutal que travara. Passava os dedos pelos cabelos brancos, lavando-os com firmeza, sentindo o peso da batalha deixando seus ombros.

Então, seu dispositivo mágico pulsou.

[Solicitação de Entrada no Quarto: Aceitar?]

Bryan franziu o cenho.

— Agora não.

Negou a solicitação.

Segundos depois, outra notificação identificada. É outra. É outra.

Ele cerrou os dentes.

— Porra... Deixa eu tomar um banho em paz!

Ignorou as interferências, concentrando-se em terminar o banho. Cada vez que a água quente batia contra sua pele, ela não limpava apenas a sujeira física, mas a combustão mental de um dia anormalmente intenso.

Secou-se rapidamente, passando uma toalha pelo corpo largo, deixando uma toalha supérflua no suporte ao lado. Nu, atravessou o corredor interno em direção à cama, ainda massageando a nuca.

Quando saiu, parou.

Ali, de pé no meio do quarto, era um jovem que não deveria estar ali.

Cabelos loiros claros, ondulados até a cintura, capturando a luz suave do ambiente. Olhos azuis-acinzentados brilhando com uma mistura de arrogância e surpresa mal contida. A pele, pálida e perfeita, parecia quase etérea, como se feita para ser admirada sob o luar. Vestia o uniforme da Classe B, bordado com fios dourados — símbolo inequívoco da liderança da Alvorada Arcana.

Era Hanna Velmira.

Antes, enquanto esperava impaciente do lado de fora do quarto, seus pensamentos fervilhavam:

— Se esse idiota acha que vai me fazer esperar, é muito enganado!

Usou um feitiço de intrusão, contornando a barreira de segurança padrão, e adentrou o quarto de Bryan sem permissão formal.

Mas a cena que encontrei a deixou completamente sem palavras.

O jovem à sua frente era inacreditável.

Cabelos brancos molhados, alguns fios grudados à testa larga e imponente. Corpo alto, músculos marcados como mármore polido, cada fibra visível como um testemunho silencioso de pura força. O abdômen rígido, as coxas largas e fortes... e então, inevitavelmente, seus olhos desceram.

Hanna sentindo as pernas tremerem.

— Por órbitas... — surgiu, em pânico interno, o rosto inteiro explodindo em rubor escarlate.

Antes que você pudesse piscar, Bryan já estava diante dela.

Com um movimento tão rápido quanto um raio, agarrou-a pelos pulsos e a pressionou contra a parede do quarto. O calor do seu corpo emanava uma intensidade quase insuportável.

A voz dele cortou o ar, tão fria quanto uma lâmina nua:

— Quem é você? E por que você invadiu meu quarto?

A respiração de Hanna era rápida, descompassada. Cada batida de seu coração ecoava como tambores de guerra. Seu rosto, ainda vermelho, contrastava violentamente com seus olhos — olhos que agora faiscavam não apenas vergonha, mas orgulho ferido... e um desejo confuso e crescente.

Por um instante, houve apenas o som de suas respirações misturadas no ar.

Hanna, mesmo presa, extraordinariamente o queixo com desafio.

- Solte-me, Bryan Blake. — disse, tentando manter a voz firme. — Eu sou Hanna Velmira. E não vim aqui para ser tratado como uma criminosa.

Bryan a fitou por longos segundos, seus olhos âmbar penetrando até o fundo de sua alma, pesando cada palavra, cada intenção.

Então, sem soltar seus pulsos, mudou ainda mais o rosto dela, tão perto que Hanna sentiu o calor de sua respiração.

— Então fale. — murmurou ele. - 

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