O sol da manhã se erguia sobre os campos verdes, cobrindo a fazenda com uma luz suave e úmida. As vacas pastavam preguiçosas, galinhas ciscavam entre os porcos deitados na varanda. A casa branca de madeira estava silenciosa, quase vazia — toda a família se reunia na entrada da propriedade para a despedida.
Loko Sempai estava de pé, diante dos pais e irmãos, tentando esconder o frio na barriga atrás de um sorriso confiante. O vento balançava seus cabelos verdes e longos, chamando atenção para seus traços delicados e olhos verde-musgo. Ele era alto, com aparência serena, e mesmo vindo de uma família de camponeses, seu corpo não carregava as marcas do trabalho duro. A família, ali, era bem de vida — ao menos, naquele canto do mundo.
Mãe de Loko (emocionada): “Ah, meu bebê… Mal completou 150 anos e já vai abandonar a mamãe…”
Pai de Loko (tentando conter o choro): “Se escrever cartas, tá bom. A gente vai ficar te esperando.”
Loko Sempai (com um sorriso tenso): “Eu volto logo. Ou trago vocês pra capital quando subir de rank!”
Mas antes que ele pudesse subir na carruagem, uma voz aguda o interrompeu.
Takanarraba Senku (gritando): “SEMPAI! ESPERA!”
Uma garota-fera surgiu correndo do celeiro, com olhos marejados. Era uma mestiça de vaca leiteira, com orelhas bovinas, chifres pequenos e cabelo dividido entre preto e branco. Usava uma roupa justa e manchada, típica de criadores, e vinha correndo desajeitada, os seios grandes demais para seu corpo balançando à frente.
Ela o agarrou com força, enterrando o rosto no peito dele.
Takanarraba Senku (manhosa): “Me leva com você! Eu sei cozinhar, lavar roupa... posso cuidar de você!”
Loko Sempai (vermelho de vergonha): “Takanarraba… Eu queria, mas não sei nem como vai ser lá. Mal tenho dinheiro pra mim!”
Takanarraba Senku (insistente): “Então me leva na roda da carruagem!”
Loko Sempai (olhando pro lado): “Não acho que isso vá funcionar, Mimosa…”
Takanarraba Senku (toda derretida): “Amo quando me chama assim! Mas vou chorar! Por que você tem que ir? Eu... gosto tanto de você…”
Ele ficou mudo. Aquilo o pegou desprevenido. Corou, desviou o olhar.
Loko Sempai (tentando consolar): “Eu volto pra te visitar, tá? Ou mando dinheiro pra você me encontrar. Prometo.”
Ela fungou e, com as mãos trêmulas, entregou-lhe um envelope rosado.
Takanarraba Senku (com voz embargada): “Mas só abre quando chegar na capital! É sério!” Soltou um sorriso contido, com um olhar de quem aprontava algo, mais disfarçou olhando pra baixo.
Loko assentiu, e ao subir na carruagem, acenou uma última vez. A família ficou para trás, diminuindo na paisagem. Mas a curiosidade crescia a cada segundo, afinal o que tinha naquele envelope?
Loko Sempai (murmurando para si): “Só uma espiadinha, ela não vai saber…”
Abriu o envelope. Seus olhos arregalaram.
Dentro, uma carta cheia de marcas de batom e letras douradas dizia:
> “ Te amo Sempai, de sua amiga, futura esposa e amante. – Mimosa”
Preso à carta, um “presente” inesperado:
uma calcinha preta de renda, perfumada, com um bilhete:
“Pra você nunca se esquecer de mim! Pode Cheirar todas as noites antes de dormir!”
Loko quase engasgou começandoa tossir. Olhou em volta, vermelho como um tomate, e escondeu o presente no fundo da mochila, acreditava que aquilo não passava de uma brincadeira dela.
Loko Sempai (sussurrando, desconcertado): “Pelos Deuses, Que vergonha… Só pode ser brincadeira.”
A viagem seguiu. Ele deitou no banco da carruagem, a cabeça girando entre ansiedade, vergonha e saudade. Acabou adormecendo com o balanço da estrada.
Horas depois, a carruagem parou.
Quando desceu, seus pés tocaram o chão da capital pela primeira vez. A muralha imensa diante dele parecia uma porta para um novo mundo. Loko ergueu o rosto, respirou fundo e sorriu.
Loko Sempai (determinado): “Eu prometo, custe o que custar, jamais vou desistir, vou descobrir quem matou eles, quando pegar a patente de ouro."