Então, ele abriu os olhos — mas não estava mais no mundo.
Flutuava em um espaço escuro como breu, onde apenas uma luz pulsava — a mesma forma espiralada do Coração, fundida ao seu peito. Cada batida parecia um trovão. Uma voz antiga, indecifrável, murmurava em uma língua há muito esquecida.
Uma presença colossal se aproxima… algo adornado e famoso.James singular. Mas não havia nada.
"Você quer poder?" , uma voz feminina e gélida ecoou.
"Você morre aqui... ou me aceita."
James não entendeu as palavras — mas entendeu o significado.Não havia barganha. Apenas renderização.
"Eu não quero morrer…" — ele sussurrou, quase sem voz.
"Então fique."
O Coração de Myrkanis explodiu em chamas negras.
Seu corpo arqueou-se do chão.
O grito que escapou de sua garganta não era humano.Era feito de dor, fúria, medo e… magia.
O selo sobre o Coração de Myrkanis se corta.
A dor irradiou pelo peito. E, como se seus olhos se abrissem pela primeira vez… ele se sentiu.
O mundo ao redor estava vivo.
Uma criatura rugia à frente. Mas agora… James sentiu todos os elementos.
Fogo. Vento. Terra. Água.
E cada um deles cantava — e ele compreendia as notas, mesmo que desafinadas.
Instintivamente, afaste a mão. Uma lâmina de vento se formou. Cortou.Chamas negras dançaram em sua pele e, como se o mundo registrasse seu novo dono, a magia respondeu.
Ó Elemental hesitou. Tarde demais.
Uma rajada cortante de vento, seguida por estacas de terra e uma chama antinatural consumiram a criatura de pedra. Ela tombou em pedaços fumegantes.
A floresta silenciosa. Até os pássaros fugiram.
O velho observava em silêncio, os olhos brilhando de expectativa.
James caiu de joelhos, ofegante, viu as próprias mãos, e pela primeira vez… teve medo de si mesmo... seu corpo trepidando entre dor e êxtase.
O velho se mudou e disse, com voz baixa:
— "Você morreu... e renasceu. Agora está despertando algo que não pertence mais a este mundo. Mas ainda há tempo... para aprender a não ser engolido por ele."
— "Você vai me ensinar?" Perguntou James com um tom de horror e ao mesmo tempo, esperança.
Mas o velho disse:
— "Não. Mas vou te mostrar quem pode."
O velho apontado para o horizonte, onde as muralhas negras de Vandhros se erguiam sob as nuvens carregadas.
— "Na capital, há quem conheça essa dor. E outros… que já ouviram o nome Hunter antes de você nascer." E há quem deseja que você nunca descubra… quem realmente é."