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Chapter 32 - O Chamado da Academia e Promessas no Jardim.

A música ainda ecoava suavemente pelo Grande Salão do Trono, mas a atmosfera vibrante da Apresentação Quinquenal começava a se dissipar. As famílias nobres se despediam com mesuras e apertos de mão formais, os corredores enchendo-se novamente com o burburinho de conversas e o farfalhar de sedas e veludos. A exaustão começava a pesar sobre mim, uma fadiga profunda que vinha não apenas do esforço da Fulmínea da Ira Ígnea, mas também da tensão constante de estar sob o escrutínio da corte.

Nossas famílias, os Freimann e os Stein, reuniram-se perto de uma das grandes saídas laterais. Meu pai e o Conde Albert trocavam comentários satisfeitos sobre nossas apresentações, enquanto minha mãe e a Condessa Elisabeth conversavam em voz baixa, provavelmente sobre os detalhes da festa ou, quem sabe, sobre o futuro que se desenhava para mim e Belle. Mestra Margareth observava tudo com seu semblante indecifrável, mas senti um leve aceno de aprovação em minha direção quando nossos olhares se cruzaram.

Vivian, que tinha passado a maior parte do tempo pós-apresentação agarrada à saia do vestido de nossa mãe ou pedindo colo ao nosso pai, agora segurava minha mão com uma das suas e a mão de Belle com a outra, balançando-as para frente e para trás com a energia incansável de uma criança de quatro anos que acabara de testemunhar magia de verdade.

— Vamos para casa, Eli? Belle? Quero mostrar meu desenho do raio azul! — tagarelava ela, referindo-se a um rabisco que provavelmente faria em algum pergaminho assim que chegássemos.

— Sim, querida, já vamos — respondeu minha mãe, ajeitando uma mecha de cabelo que escapara do penteado de Vivian.

Estávamos prestes a seguir por um corredor menos movimentado em direção à saída principal do palácio quando uma figura discreta, vestindo a libré cinza e prata dos funcionários da corte, aproximou-se e fez uma reverência respeitosa.

— Baronete Freimann, Conde Von Stein — disse o homem, sua voz baixa, mas clara. — Com vossa licença.

Meu pai e o Conde Albert se viraram, surpresos pela abordagem.

— Sim? — perguntou meu pai.

O mensageiro estendeu um envelope selado, de um pergaminho grosso e de cor creme. — Uma mensagem para ambas as famílias, senhores. Do Diretor da Academia Arcana Real.

Um silêncio momentâneo caiu sobre nosso grupo. Academia Arcana Real? Olhei para Belle, que parecia tão surpresa quanto eu. Nossos pais trocaram olhares significativos.

Meu pai pegou o envelope. O selo era inconfundível: uma torre estilizada envolta por um círculo de estrelas, gravado em cera azul-profunda. O símbolo da mais prestigiada instituição de ensino arcano do reino.

— O selo da Academia... — murmurou o Conde Albert, reconhecendo-o imediatamente.

Meu pai quebrou o selo com cuidado e desdobrou o pergaminho. Seus olhos percorreram as linhas escritas com uma caligrafia elegante. O Conde Albert se aproximou para ler também. Vi suas sobrancelhas se arquearem levemente.

O mensageiro aguardava pacientemente, as mãos cruzadas atrás das costas.

Após alguns instantes, meu pai dobrou o pergaminho novamente. — O Diretor solicita nossa presença na Academia amanhã pela manhã. Para uma conversa.

— Uma conversa? — repetiu o Conde Albert, pensativo. — Interessante. Certamente aceitaremos o convite.

— Sim, por favor, informe ao Diretor que estaremos lá — disse meu pai ao mensageiro.

O homem fez outra reverência. — Como desejarem, senhores. Com vossa licença.

Ele se retirou tão discretamente quanto havia chegado, deixando-nos ali, parados no corredor, com o peso inesperado daquele convite pairando sobre nós.

— A Academia... — murmurou minha mãe, olhando para mim e depois para Belle. — Tão cedo?

— Parece que nossos filhos causaram uma impressão duradoura, Maria — disse o Conde Albert, um sorriso orgulhoso brincando em seus lábios. — E não apenas na corte.

— Amanhã, então, iremos conhecer o Diretor — concluiu meu pai, guardando o convite em um bolso interno de seu manto. Ele olhou para mim e para Belle. — Estejam preparados. Será um dia importante.

Assenti, sentindo um misto de apreensão e excitação. A Academia Arcana Real. O lugar onde os maiores Arcanistas e Espadachins Arcanos do reino eram forjados. Era um futuro que eu sabia que chegaria, mas não esperava que batesse à nossa porta tão rapidamente.

Vivian, alheia à importância do momento, puxou nossas mãos novamente. — Academia? Tem raios azuis lá também?

Sorri para ela, afagando seus cabelos. — Talvez, pequena. Talvez tenha.

Deixamos o palácio sob o céu estrelado de Velunor, a grandiosidade da Apresentação Quinquenal dando lugar à expectativa silenciosa do que o dia seguinte nos reservava.

★★★

No dia seguinte, a manhã nasceu clara e fresca em Velunor. A tensão da Apresentação Quinquenal havia dado lugar a uma nova forma de expectativa, mais focada e talvez um pouco mais intimidante. Após um café da manhã tranquilo na Mansão Stein, onde a conversa girou principalmente em torno de especulações sobre o Diretor e a Academia, preparamo-nos para a visita.

Viajaríamos na carruagem dos Stein, um veículo espaçoso e confortável, puxado por quatro cavalos robustos. O brasão dos Stein estava discretamente pintado nas portas. Acomodamo-nos nos assentos de veludo macio: meu pai, o Conde Albert, Belle, Vivian e eu. Nossas mães e Mestra Margareth permaneceriam na mansão, aguardando nosso retorno.

Todos nós vestíamos trajes formais, mas menos elaborados que os da noite anterior. Eu usava uma túnica verde-escura de corte simples, mas elegante, com finos bordados prateados nos punhos e na gola, calças cinza-chumbo e botas de couro bem polidas. Meus brincos rúnicos estavam no lugar, assim como a pulseira de platina que Belle me dera. Belle estava adorável em um vestido azul-celeste com uma faixa prateada na cintura, seus cabelos ruivos presos em uma trança elaborada que caía sobre um ombro. Meu pai vestia um gibão azul-escuro sobre uma camisa branca, as cores dos Freimann, sua postura impecável como sempre. O Conde Albert usava um traje azul-claro com detalhes dourados, refletindo as cores de sua Casa. Até Vivian estava arrumada, com um vestido amarelo-pálido e um laço nos cabelos.

A viagem pela capital foi relativamente curta. A Academia Arcana Real não ficava no coração da nobreza, como o palácio, mas sim em um distrito próprio, um pouco mais afastado, conhecido como o Bairro do Conhecimento. À medida que nos aproximávamos, a própria atmosfera parecia mudar. O ar vibrava com uma energia sutil, mas inegável, uma espécie de zumbido silencioso que fazia minha Runa da Centelha formigar levemente sob a luva.

Finalmente, a carruagem parou diante de um conjunto de portões monumentais feitos de uma liga metálica escura que eu não reconheci, adornados com o símbolo da Academia – a torre e as estrelas. Além dos portões, estendia-se um vasto complexo de edifícios que me deixou boquiaberto.

A Academia Arcana Real era imensa. Muito maior do que eu imaginara. Não era um único prédio, mas uma coleção de estruturas interligadas por pátios ajardinados, pontes cobertas e passagens arqueadas. Havia torres altas que pareciam perfurar o céu, cúpulas de observação feitas de cristal que brilhavam ao sol, e edifícios mais baixos com grandes janelas em arco que sugeriam salas de aula e bibliotecas. A arquitetura era uma mistura fascinante do antigo e do novo – paredes de pedra maciça cobertas de runas antigas erguiam-se ao lado de estruturas que pareciam ter sido moldadas pela própria energia arcana, com linhas fluidas e materiais translúcidos.

As cores eram surpreendentemente vibrantes. Estandartes azuis com o símbolo da Academia tremulavam em vários pontos. Vitrais coloridos adornavam muitas janelas, retratando não apenas símbolos elementais, mas também constelações, fórmulas arcanas e figuras históricas de grandes Arcanistas. Os jardins eram impecavelmente cuidados, com flores de cores exóticas e árvores cujas folhas pareciam brilhar com uma luz própria.

E a energia... era quase avassaladora. Uma sensação palpável de poder concentrado, de conhecimento acumulado, de potencial bruto. Era como estar no centro de uma tempestade silenciosa, uma força que ressoava em cada pedra, em cada folha, e principalmente, dentro de mim.

— É... enorme — murmurei, meus olhos tentando absorver tudo.

— Impressionante, não é? — disse o Conde Albert, sorrindo ao ver nossas reações. — A Academia é o coração do poder arcano de Malkut.

Um funcionário uniformizado, vestindo uma túnica cinza simples com o emblema da Academia bordado no peito, aproximou-se assim que descemos da carruagem. Ele fez uma reverência.

— Conde Von Stein, Baronete Freimann. Sejam bem-vindos à Academia Arcana Real. O Diretor Aldebrand os aguarda. Por favor, sigam-me.

Começamos a caminhar pelos pátios e corredores da Academia. O lugar fervilhava de atividade, mas de uma forma organizada e focada. Vimos alunos e alunas de diversas idades – alguns parecendo ter pouco mais que doze anos, outros já jovens adultos – atravessando os pátios em grupos, carregando livros grossos ou equipamentos estranhos. Alguns usavam uniformes semelhantes aos do nosso guia, outros vestiam trajes mais casuais, mas todos pareciam imersos em seus próprios mundos de estudo e prática. Notei olhares curiosos em nossa direção, especialmente para mim e Belle, provavelmente reconhecendo-nos da Apresentação ou simplesmente notando nossa pouca idade naquele ambiente.

Os corredores internos eram igualmente impressionantes, com tetos altos, paredes adornadas com retratos de antigos diretores e mestres arcanos, e portas maciças que levavam a salas de aula, laboratórios e bibliotecas. O ar aqui dentro era ainda mais carregado de energia, misturado com o cheiro de pergaminho antigo, poções borbulhantes e ozônio residual de feitiços praticados.

Finalmente, nosso guia parou diante de uma porta dupla feita de madeira escura e polida, com o símbolo da Academia entalhado em relevo. Ele bateu suavemente.

— Entre — respondeu uma voz calma e profunda vinda de dentro.

O guia abriu a porta e fez um gesto para que entrássemos. — O Diretor Aldebrand Von Smith os receberá agora.

Respirei fundo e segui meu pai e o Conde Albert para dentro da sala do diretor

sala do diretor era espaçosa e impressionante, mas de uma maneira diferente do Grande Salão do Trono. Não havia ouro ou tapeçarias opulentas aqui. Em vez disso, as paredes eram forradas do chão ao teto com estantes de madeira escura repletas de livros e pergaminhos antigos, alguns parecendo tão frágeis que um sopro poderia desfazê-los. Uma grande mesa de trabalho, também de madeira escura e coberta de documentos, mapas celestiais e alguns artefatos arcanos que eu não reconheci, ocupava o centro da sala. Grandes janelas em arco davam para um dos jardins internos da Academia, inundando o ambiente com luz natural.

Atrás da mesa, sentado em uma cadeira de encosto alto, estava o homem que nos aguardava. Ele se levantou assim que entramos, sua postura ereta apesar da idade aparente. Tinha cabelos completamente grisalhos, penteados para trás, e um rosto marcado por rugas profundas que falavam de décadas de estudo e responsabilidade. Seus olhos, no entanto, eram de um verde surpreendentemente vívido e penetrante, e seu olhar era firme, avaliador, mas não hostil. Vestia um robe longo e impecavelmente branco, adornado apenas com o símbolo da Academia bordado em fio de prata sobre o peito – um traje que, segundo meu pai me sussurrara rapidamente antes de entrarmos, era reservado exclusivamente ao Diretor.

— Conde Von Stein, Baronete Freimann. Sejam bem-vindos — disse ele, sua voz calma e profunda, carregando uma autoridade natural. Ele fez um leve aceno de cabeça para nós, crianças. — Lady Isabelle, Lorde Elian, Senhorita Vivian. É um prazer recebê-los.

Meu pai e o Conde Albert fizeram uma reverência respeitosa.

— A honra é nossa, Diretor — respondeu o Conde Albert.

O diretor gesticulou para algumas cadeiras confortáveis posicionadas em frente à sua mesa. — Por favor, sentem-se. Imagino que estejam curiosos sobre o motivo deste convite.

Enquanto nos acomodávamos, o diretor se apresentou formalmente.

— Permitam-me apresentar-me corretamente. Sou Aldebrand Von Smith, Diretor desta Academia.

Von Smith. O nome ecoou em minha mente, trazendo uma onda de desconforto. Von. Um nome de Sangue-Puro. Depois do encontro com Hugo Von Hoffmann e Oliver Von Meyer, a simples menção de um “Von” me deixava instintivamente na defensiva. Olhei para meu pai, buscando alguma confirmação de meus receios, mas ele parecia tranquilo.

Percebendo minha hesitação ou talvez a tensão geral que o nome poderia causar, meu pai inclinou-se levemente e sussurrou para mim, quase imperceptivelmente: — Não se preocupe, Elian. O Diretor Aldebrand é um homem justo. Seu nome não define seu caráter, nem suas alianças.

Como se lesse nossos pensamentos, ou talvez estivesse acostumado a essa reação, o Diretor Aldebrand sorriu levemente, um sorriso que suavizou um pouco as rugas ao redor de seus olhos verdes.

— Compreendo que meu nome possa causar certa... apreensão em alguns círculos, especialmente nos tempos atuais — disse ele, seu olhar passando brevemente por mim e Belle. — Permitam-me esclarecer que, embora eu carregue um nome de Sangue-Puro, minha lealdade está unicamente com o avanço do conhecimento arcano e com o bem-estar de todos os estudantes desta Academia, independentemente de sua linhagem. Aliás, para que não restem dúvidas, sou casado há quase quarenta anos com uma estimada Nobre Arcana, uma Viscondessa de Essência cuja sabedoria muito me auxilia.

A revelação pareceu pairar no ar por um momento. Olhei para Belle e vi seus olhos se arregalarem levemente. Então, um pequeno suspiro escapou de seus lábios, quase um “ah” de alívio, seguido por um sorriso discreto e genuíno que iluminou seu rosto. Todos na sala notaram. O Conde Albert sorriu abertamente, e até meu pai relaxou visivelmente.

Aquele pequeno detalhe pessoal, compartilhado de forma tão direta pelo Diretor, dissipou grande parte da tensão inicial. Aldebrand Von Smith não era apenas um nome ou um título; era um homem que, aparentemente, vivia a própria união que o Rei havia mencionado na noite anterior.

— Fico feliz em esclarecer — disse o Diretor, seu tom voltando a ser mais formal, mas ainda acolhedor. — Agora, quanto ao motivo de estarem aqui... Fiquei imensamente impressionado com as demonstrações de ontem. Lady Isabelle, Lorde Elian, vocês demonstraram um potencial notável. Gostaria de lhes mostrar um pouco mais da nossa Academia, se estiverem dispostos a um pequeno tour antes de conversarmos mais a fundo.

Aceitamos o convite com entusiasmo. A perspectiva de conhecer a Academia mais a fundo era excitante demais para recusar. O Diretor Aldebrand sorriu, satisfeito com nossa resposta, e levantou-se, indicando a porta.

— Excelente. Então, por favor, acompanhem-me. Começaremos pelas bases filosóficas, pois entender o “porquê” usamos as artes arcanas é tão importante quanto saber “como” usá-las.

Saímos de sua sala e seguimos o Diretor pelos corredores movimentados da Academia. Ele caminhava com um passo firme e seguro, cumprimentando professores e alunos que passavam com um aceno de cabeça respeitoso, mas sem interromper seu fluxo. Sua presença impunha respeito, mas também parecia inspirar uma certa reverência tranquila.

Nossa primeira parada foi diante de uma porta com a inscrição “Auditório de Filosofia Arcana”. Ao entrarmos, encontramos uma sala ampla, em formato de anfiteatro, com fileiras de assentos voltadas para um pequeno palco onde um professor de aparência erudita discutia algo com um grupo de alunos mais velhos, apontando para um complexo diagrama desenhado em um quadro flutuante.

— Aqui — começou o Diretor Aldebrand, sua voz baixa para não interromper a aula em andamento — exploramos os fundamentos teóricos e éticos das artes arcanas. Estudamos a natureza da mana, as diferentes teorias sobre sua origem e fluxo, a história das descobertas arcanas, as leis que regem seu uso e, crucialmente, a responsabilidade que acompanha o poder. Um Arcanista ou Espadachim Arcano sem uma base filosófica sólida pode se tornar um perigo para si mesmo e para os outros. Buscamos formar mentes críticas e conscientes, não apenas conjuradores habilidosos.

Observei os alunos, suas expressões concentradas, alguns anotando fervorosamente, outros debatendo em voz baixa. Percebi que ser um Arcanista ia muito além de lançar feitiços; exigia um entendimento profundo do mundo e do próprio poder.

Seguimos para a próxima sala, identificada como “Ala de Artes Curativas”. O ambiente aqui era mais calmo, com um cheiro suave de ervas e poções no ar. Vimos alunos praticando a canalização de energia em manequins de treino que simulavam ferimentos, enquanto outros estudavam anatomia em modelos flutuantes ou preparavam unguentos em pequenos caldeirões.

— A cura arcana é uma das disciplinas mais nobres e complexas — explicou o Diretor. — Requer não apenas afinidade elemental, mas também um profundo conhecimento do corpo, da mente e do fluxo de energia vital. Aqui, ensinamos diversas abordagens. A afinidade com a Água, por exemplo, é excelente para regeneração de tecidos e purificação, mas não é a única via. A Terra pode estabilizar e fortalecer, o Ar pode limpar e oxigenar... e até mesmo o Fogo, que muitos associam apenas à destruição, tem seu papel. O controle preciso do calor pode cauterizar feridas, esterilizar infecções e queimar toxinas de uma forma que outros elementos não conseguem. Ensinamos nossos curandeiros a serem versáteis e a adaptarem suas técnicas a cada situação.

Lembrei-me de minha mãe e sua calma presença curativa. Embora ela não fosse uma Arcanista treinada formalmente, senti que ela entenderia a essência do que era ensinado ali. A ideia de usar o Fogo para curar também me intrigou – mais uma prova de que os elementos eram muito mais complexos do que pareciam à primeira vista.

Nossa terceira parada foi em uma área que imediatamente capturou a atenção de Belle: o “Ginásio de Esgrima Arcana”. Era um espaço amplo e aberto, com vários círculos de duelo marcados no chão. Alunos praticavam sequências de golpes, alguns com lâminas que brilhavam com energia elemental, outros movendo-se com a velocidade desfocada do Passus Aethereus. Instrutores observavam atentamente, corrigindo posturas e oferecendo conselhos.

— Para nossos Espadachins Arcanos — disse o Diretor, seus olhos brilhando ao observar a cena —, o desafio é a perfeita simbiose entre a lâmina e a arte arcana. Não basta ser um bom espadachim ou um bom conjurador; é preciso ser ambos, simultaneamente. Aqui, eles desenvolvem estilos de combate únicos, aprendem a canalizar sua energia através de suas armas, aprimoram técnicas de movimento como o Passus Aethereus e artes divergentes como o Corpus Fulminis, e até mesmo criam seus próprios feitiços táticos para complementar seu estilo de luta. É uma dança constante entre ataque físico e poder arcano.

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