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Chapter 45 - Capítulo 45: Doença e Um Gordo Esquisito

Pov: Axton

Dois dias se passaram desde que deixamos Little Garden, e foi o tempo necessário para que as coisas saíssem de controle. A Grand Line, com seu clima imprevisível, cobrou seu preço. Já no final do primeiro dia, Nami caiu doente, ardendo em febre, seu corpo frágil tremendamente de fraqueza. Nojiko, sua irmã, não a largou por um segundo, colocando panos frios em sua testa e sussurrando palavras de conforto. A preocupação é considerada como uma praga sinalizada pelo navio.

E, como se não bastasse, Kaya também caiu de cama. Sua doença, que eu quero estar sob controle, voltou com força total. Ela estava quase no mesmo estado de Nami, e as soluções que trouxeram para ela não fizeram efeito. A ausência de um médico a bordo era um fardo pesado, um lembrete constante de nossa vulnerabilidade. Sanji, com seu coração enorme, preparou caldos e tentou alimentá-los, mas até mesmo ele estava impotente. Eu poderia ver a angústia em seu rosto, a mesma que enviaríamos a todos. Em meio à minha própria aflição, sabia que a única solução temporária era usar meu portal de tempo parado, mas não queria fazer isso a menos que fosse absolutamente necessário. Nami e Kaya faziam parte da nossa família, e a ideia de colocá-las em um limbo temporal me dava calafrios.

Enquanto estava perdido em meus pensamentos, sentindo a brisa úmida e salgada que se tornava cada vez mais fria, fui interrompido por passos firmes. Olhei para o lado e vi Robin e Zoro se aproximando. Ela estava linda como sempre, em um vestido de verão amarelo claro que parecia um ponto de luz no meio da nossa preocupação, um leve e enigmático sorriso nos lábios. Zoro, por sua vez, sempre com uma carranca, estava ainda mais sério que o de fantasia, e isso me fez levantar um alerta interno. A tensão entre nós, apesar da reconciliação, ainda era palpável. Eu via o resto da tripulação trocando olhares furtivos, questionando o "noivado" e a confiança que eu depositava nela. E, como se estivesse lendo minha mente, ela me lançou um olhar que dizia: "Vamos resolver isso juntos."

"Temos problemas, Axton," Zoro disse com a série de quem acaba de enfrentar uma tempestade de areia. Ele estendeu o braço e colocou o jornal do dia em minhas mãos. Ao olhar para a manchete, um nó se formou em meu estômago. O que eu temia estava comemorando. Os rebeldes de Alabasta estavam em movimento, e a notícia falou que o método do exercício real mudou de lado, o que não era bom para nós nem para Vivi.

Robin, com sua calma habitual, olhou por cima do meu ombro e falou. "Isso deve ter o dedo dos espiões de Crocodile que estão com os leai a coroa. Aquele homem deseja muito todo o reino deserto." Seus olhos azuis encontraram os meus e os de Zoro, e ela continuou, sua voz suave, mas carregada de uma inteligência penetrante. "Isso não é tudo. A navegadora..."

O resto da frase ficou preso em sua garganta. Ela sabia o que aquilo fazia. Sempre pulando de um bando para outro, ela nunca parava para lembrar nomes, usando as posições para se manter longe das pessoas. Eu não permitiria que ela fizesse isso aqui. Os Chapéus de Palha eram nossa família, e ela devia se acostumar a tratá-los como tal. Meu olhar se aprofundou, e ela, a mulher de gelo que se derretia só por mim, entendeu o recado.

"Nami," ela corrigiu, a voz suave, mas a palavra saindo com uma pequena hesitação. "Ela foi picada por algum inserção naquela ilha pré-histórica, ela precisa de cuidados médicos especializados, urgentemente."

Minha mente correu para nossas opções. Eu sabia que havia uma ilha próxima, chamada Drum, conhecida como a "ilha dos médicos", mas não poderia tomar essa decisão sem Luffy ou sem Vivi. "Zoro," eu disse, a voz cheia de resolução, "precisamos de uma reunião. Você e Robin chamam todos. Eu vou colocar Nami e Kaya no meu espaço de tempo congelado, assim a doença não avança. Eles precisam estar salvos enquanto estamos."

Com isso, saímos para fazer tudo. Depois de alguns momentos, estávamos todos reunidos no encontro do Merry, e eu expliquei a situação, sem esconder a gravidade da doença nem a notícia da guerra em Alabasta.

"Essa é a nossa situação. Posso manter Kaya e Nami em meu espaço pelo tempo que for, mas sem ela seria difícil navegar, e todos sabemos disso." Com isso, Johnny e Yosaku, junto com Rook, caíram no choro de maneira cômica, suas lágrimas escorrendo em uma cascata de preocupação genuína.

"E caso seja necessário, eu posso tentar criar um portal que leve o Merry até Alabasta. Não vou mentir, nunca tentei algo assim com tanto peso ou tão longe estando com outras pessoas. A viagem seria arriscada, e eu poderia ficar incapacitado por um tempo. Então, a decisão é sua, capitão. Aquilo que você decidir, nós seguiremos." Com isso, todos nós viramos para Luffy, que encarava o vazio com um olhar sério e pensativo.

"Lu-Luffy! Kaya e Nami são nossos nakamas! Não po-po-podemos abandonará-las!" Usopp exclamou, a preocupação fazendo sua voz tremer. Ele temia que Luffy decidisse ir direto para Alabasta e colocasse os amigos em risco.

"Cale a boca, Usopp! Essa decisão é do capitão! Se mais alguém tentar persuadir o Luffy, eu mesmo vou enfrentar essa pessoa!" Zoro retrucou, segurando Wado Ichimonji já meio desembanhada, a seriedade em sua voz fez com que todos engolissem em seco.

Luffy, ainda imerso em seus pensamentos, gritou a cabeça. Seu olhar não era mais o de uma criança, mas de um capitão que carregava o fardo de sua tripulação. Ele encarou Usopp e depois Zoro, e então virou-se para mim.

"Axton," sua voz era grave e séria. "Você consegue abrir um portal da Ilha dos Médicos para o país da Vivi?" Sua tez era séria, e ele me encarava com sinceridade.

"Sim, capitão. Mesmo que eu fique de cama depois, consigo mandar de Drum para Alabasta." Minha resposta também mostrou minha verdade, e Luffy abriu seu sorriso característico, como se já soubesse qual seria minha resposta. Mas tinha alguém que não ficou contente com isso.

"Luffy, vocês não podem! Eu aceito que partamos para Drum, depois de curar Kaya e Nami podemos partir para Alabasta. Não precisamos ferir um dos nossos para fazer isso!" Vivi, que estava apreensiva em seu canto, ponderando tudo o que estava acontecendo, entreveio, mas ao olhar em volta, ver que todos ali acatariam as ordens de seu capitão sem hesitação.

"Vivi-chan, eu entendo que você tem um bom coração, mas não precisa se preocupar com esse macaco albino. Ele merece sofrer um pouco por tudo que nos fez passar", falou Sanji, que, mesmo fazendo caretas para mim, confiava nas minhas habilidades.

"Sim, Vivi, deixe esse demônio sofrer um pouco. Não lembra como ele nos fez passar por um inferno nos treinamentos?" Dessa vez, era Aisha, que sorria confiante para Vivi.

"Não precisa..." Johnny começou. "...se importar..." Yosaku continuou. "Com o mestre.." eles conversaram juntos. "...ele vai conseguir!" A fala sincronizada arrancou um risco de alguns, mostrando a confiança que eles tinham em mim, apesar de todo o treinamento duro.

Vivi, com lágrimas nos olhos, encarava cada um dos membros daquele bando estranho, mas todos tinham uma confiança inabalável na minha força. Luffy caminhou até ela e, colocando a mão em seu ombro, falou: "Eu confio nos meus nakamas, Vivi. Você também deveria confiar. Axton vai conseguir, eu sei disso." Luffy tinha aquele sorriso característico e confiante em seu rosto ao falar com ela. E assim, o destino foi decidido. O Bando do Chapéu de Palha navegaria para a Ilha de Drum, e depois, um portal nos levaria para Alabasta.

Alguns dias se passaram, com o Merry navegando em direção a Drum. Eu havia colocado Nami e Kaya em meu portal, um espaço onde o tempo e a doença delas estavam congeladas. A tripulação, vendendo a luz azul cintilando e absorvendo as duas garotas, ficou chocada, mas confiou em mim.

"Isso é realmente incrível, mestre", disse Rook, com sua voz cheia de admiração. "Você realmente tem um mundo inteiro na palma da sua mão."

"Não é para tanto, assim como qualquer outro poder de Akuma no mi tem seus limites," eu respondi, um sorriso cansado nos lábios.

O clima em constante mudança da Grand Line surgiu novamente, e saímos de uma atmosfera tropical para um frio de fazer os ossos. A neve começou a cair, e o Merry ficou coberto por uma camada branca e fofa. A equipe de Gin e os demais foram instruídos a manter o navio aquecido, e logo fomos cercados por icebergs.

Zoro estava no ninho do corvo, cumprindo seu turno de vigia, quando uma voz grave e séria soou lá de cima. "Uma pessoa pode ficar de pé no mar?"

Luffy, Usopp e eu caímos na risada da ideia de Zoro. "O que você está falando, Zoro? Uma pessoa em pé no mar? Eu sabia que você era ruim com prático, mas será que você também tem problemas de visão?" Usopp disse enquanto segurava a risada, com a cara toda vermelha.

"Cego é a vovózinha! Olha para frente, imbecil!" Veja a resposta educada de Zoro.

Todos que estavam no convés olharam para a proa do navio, e todos tiveram uma surpresa. Em cima do oceano, um bobo da corte com arco e flechas estava parado em pé sobre o mar, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Johnny e Yosaku começaram a rezar, falando que era um fantasma. Rook e Aisha correram para dentro do Merry e eu pude os ver espiando pela janela enquanto seguravam um crucifixo, com os olhos arregalados de terror. Gin, Usopp e Luffy, que estavam mais próximos da proa, estavam limpando os olhos para terem certeza de que não estavam vendendo uma miragem.

"Está frio hoje, não é?" O bobo da corte disse, sua voz ecoando no ar gelado. Depois de alguns segundos de silêncio, Luffy e Usopp, com suas mentes sempre em sintonia com o inesperado, o responderam.

"Sim, é. Está um pouco frio hoje," os dois responderam, e olharam para o bobo da corte, como se estivessem apenas tendo uma conversa casual.

Após mais alguns segundos de silêncio, o mar começou a se agitar. De dentro do oceano, uma cúpula de metal surgiu, elevando o bobo da corte junto com ela. A cúpula se abriu e revelou um enorme navio feito de madeira e metal. Na proa, uma cabeça de hipopótamo bizarra usava uma coroa real, própria de metal. A bandeira pirata flutuou em seu mastro. Uma risada arrogante ecoou, gorda e perturbadora, como se visse de um animal irritado.

"Hahahaha! O que acharam do meu bebê, o Bliking? Hahahaha!" Logo depois da voz, um homem gordo e atarracado surgiu. Ele usava uma capa com a cabeça de um hipopótamo, e se você olhasse bem, o homem em si se parecia com o animal.

Com um sinal de sua mão, seus homens invadiram o Merry. Ah, isso é maravilhoso. A tripulação estava há dias em tensão por causa das meninas doentes e da situação em Alabasta. Todos estavam coçando para dar uma surra em alguém, e aquele gordo arrogante acabou de se entregar de bandeja em nossa porta.

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