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Chapter 8 - The Unveiling of Arthur

Título: "Sangue Eterno: O Último Vampiro"

Capítulo 8: A Revelação de Arthur

O horizonte de Los Angeles cintilava sob o sol da manhã, com seus imponentes gigantes de vidro refletindo os raios dourados como cacos de uma estrela cadente. Dentro da cobertura privativa com vista para tudo, Arthur estava diante de um enorme espelho, com o peso dos séculos gravado em suas feições — ainda intocado pelo tempo.

Com 1,88 m de altura, a presença de Arthur por si só já chamava a atenção. Seus cabelos longos e esvoaçantes, puros como neve recém-caída, caíam em cascata sobre seus ombros largos com uma graça natural. Seu rosto era uma obra-prima — mais belo do que qualquer ator, modelo ou ídolo que o mundo pudesse conjurar. Seu queixo era definido, as maçãs do rosto perfeitamente esculpidas, os lábios carnudos e simétricos, os olhos dourados ardendo com conhecimento ancestral e ameaça silenciosa.

Seu corpo, alto e poderoso, parecia esculpido pelas próprias mãos divinas. Musculoso, esguio, cada movimento preciso e controlado, irradiando a elegância de um predador de topo disfarçado de perfeição humana.

Marcus, o Andarilho Diurno recém-ascendido, observava Arthur com silenciosa reverência. Embora tivesse imortalidade e poder, Marcus sabia a diferença entre si mesmo e aquele que estava diante dele.

Arthur ajustou os punhos de sua camisa sob medida, virando-se para Marcus com um sorriso irônico que carregava tanto calor quanto autoridade absoluta.

"Antes que eu me esqueça, Marcus", Arthur começou, com a voz suave como veludo, profunda como túmulos esquecidos, "eu posso ler o coração".

Marcus ficou um pouco tenso.

Os olhos dourados de Arthur se estreitaram, brincalhões, mas por trás da brincadeira havia uma verdade inabalável. "Eu sei quando alguém vai me trair", continuou ele, circulando Marcus como um leão observando seu filhote. "Até meus próprios filhos."

Selena e Daniel entraram na sala no momento em que Arthur falava, ambos parando ao ouvir as palavras do pai.

Arthur gesticulou na direção deles. "Duas crianças nascidas do sangue", disse ele suavemente, depois se virou para Marcus, "e agora três — com você."

Marcus abaixou a cabeça. "Eu entendo o peso da sua confiança, Arthur. Traição não está no meu sangue."

Arthur se aproximou e colocou a mão no ombro de Marcus — um toque simples que carregava consigo a lembrança devastadora do poder que Arthur exercia.

"Eu te dei meu sangue", disse Arthur. "Eu te elevei além da mortalidade. Mas saiba disso..." Sua voz ficou mais grave, cada palavra precisa e afiada como uma lâmina. "Se algum dia você se voltar contra mim, não haverá tempo para julgamentos ou debates. Sem destituição de poder. Apenas morte — imediata, absoluta."

O pulso de Marcus acelerou, mas seu olhar permaneceu firme. "Não vou decepcionar você."

Arthur deu um leve sorriso. "Cuide para não fazer isso."

Selena cruzou os braços, observando Marcus atentamente. "Não é fácil ser um de nós", alertou. "A vida eterna não é apenas privilégio — é responsabilidade, expectativa, sacrifício."

Daniel acrescentou: "Pai não concede segundas chances. As antigas linhagens falharam porque se esqueceram da lealdade. Não repetimos os erros delas."

Marcus assentiu. "Servirei com honra e lealdade inabalável."

Arthur foi até as enormes janelas do chão ao teto, com vista para Los Angeles. A cidade se estendia sob ele como um formigueiro de ambição e caos.

"O mundo está mudando", disse Arthur calmamente. "O Véu enfraquece, os velhos costumes ressurgem. Precisamos lembrá-los de quem caminha entre eles — os verdadeiros governantes, ocultos à vista de todos."

Ele se virou, com os olhos brilhando. "E Marcus, você fará parte desse futuro. Mas lealdade é tudo."

"Sempre será", respondeu Marcus.

O sol subia mais alto, sua luz não representava nenhuma ameaça à figura transcendente que estava além da mortalidade, além da traição, além do próprio tempo.

E assim, a lenda de Arthur — o soberano eterno e impecável — continuou a deixar sua marca nas areias movediças da história.

(Continua...)

Título: "Sangue Eterno: O Último Vampiro"

Capítulo 8 - Parte 2: "Um brinde ao novo Daywalker"

Os grandes salões da propriedade de Arthur em Los Angeles brilhavam sob o luar enquanto o anúncio da ascensão de Marcus ecoava pelas paredes ancestrais. As pesadas cortinas ondulavam com a brisa do oceano, carregando o aroma do sal e a eletricidade da mudança.

Arthur estava parado junto às janelas imponentes, com sua estrutura alta e majestosa e seus longos cabelos branco-prateados caindo em cascata sobre os ombros. Seus olhos, dourados como ouro derretido pela sabedoria ancestral, observavam a cidade abaixo. O rosto refletido no vidro poderia pertencer a uma escultura divina — impecável, simétrico, de uma beleza de tirar o fôlego. Seu físico, uma obra-prima forjada pelo tempo, fazia homens inferiores parecerem sombras da perfeição.

Marcus se aproximou, sua aura recarregada com força imortal, mas humilhada pela transformação. Seus olhos escuros ainda brilhavam de descrença.

"Eu consigo sentir", sussurrou Marcus, flexionando a mão e observando o brilho sutil sob a pele. "A luz do sol não me queimou. Saí de casa ao amanhecer, e a cidade... parecia diferente."

Arthur se virou, com uma expressão calma, porém orgulhosa. "Você agora é um Andarilho do Dia, Marcus. Um de nós. Mas, mais importante, você conquistou minha confiança — um dom raro e perigoso."

Marcus abaixou a cabeça levemente, sentindo o peso daquelas palavras pesar sobre ele.

A voz de Arthur se aprofundou, carregando aquele fio eterno. "Antes que eu me esqueça, Marcus... Eu consigo ler corações. A traição sussurra muito antes de agir. Eu sabia quando meus outros filhos vacilavam. Agora, eles têm três — você incluído. Lembre-se deste presente e das consequências de quebrá-lo."

Marcus assentiu, solene. "Eu jamais o trairei, meu Senhor."

Os lábios de Arthur se curvaram em um sorriso fraco. "Ótimo. Agora..." Ele se endireitou, um leve brilho de diversão iluminando seus olhos. "Vamos comemorar. Faz cinquenta anos que não provo a verdadeira culinária francesa. Esta noite, jantamos como reis."

Selena entrou, sua elegância marcante contrastando com a presença taciturna de seu irmão Daniel.

"Finalmente", provocou Selena, pendurando seu casaco de seda sobre uma cadeira. "Você deseja mais comida francesa do que vingança."

"Ambos nutrem a alma", brincou Arthur, conduzindo-os em direção ao comboio que os aguardava.

O grupo partiu sob um céu estrelado, com carros luxuosos conduzindo-os pela cidade até chegarem a um restaurante francês exclusivo escondido no topo das colinas de Hollywood. A sala de jantar privativa era adornada com lustres de cristal e vinho centenário.

Prato após prato chegou — escargot nadando na manteiga, confit de pato macio e suflês tão delicados que desmanchavam na língua.

Marcus maravilhou-se, experimentando a vida imortal não apenas em força, mas também em prazer. "Nunca experimentei nada parecido."

Arthur ergueu sua taça de vinho carmesim, os olhos dourados brilhando com poder ancestral. "A novos começos. À lealdade que sobrevive a reinos. E a você, Marcus — o Andarilho do Dia que jamais se ajoelhará nem queimará."

Eles brindaram, e o tilintar do cristal ecoou como a primeira nota de uma sinfonia que moldaria séculos.

Lá fora, a cidade se espalhava infinitamente, sem saber que seus verdadeiros governantes estavam nas sombras, planejando futuros esculpidos pelo sangue, pela lealdade e pela chama eterna de sua espécie.

(Continua...)

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