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Chapter 2 - Capítulo 2 – O Barão das Correntes

Capítulo 2 – O Barão das Correntes

A vila onde Hajime e suas companheiras descansavam era simples, escondida no Vale da Névoa, habitada por refugiados de diversas raças. Elfos de olhos tristes, anões que haviam perdido seus lares e mulheres que fugiam da escravidão.

Enquanto Hajime afiava sua katana sentado sobre um tronco, Aira se aproximava com um sorrisinho perigoso.

— Hajime~ Está suado... quer que eu te dê um banho especial de magia? —

Ela estalou os dedos, fazendo surgir vapor e uma pequena bola de fogo dançando entre seus dedos.

— Ou... prefere que eu mesma te limpe?

Lily saltou no meio.

— Ele não precisa disso! Hajime é puro, e eu sou a única que pode cuidar dele!

Aira sorriu, erguendo uma sobrancelha.

— E você é o quê? Uma criança grudenta?

— EU TENHO 16! — gritou Lily, com as bochechas vermelhas, balançando os punhos.

Shira, distante, apenas cruzou os braços.

— Patético. Nenhuma de vocês sabe como conquistar um homem. Ele merece uma guerreira de verdade, não um par de seios e provocações baratas.

— P-par de seios?! — Aira rebateu, inflando o peito com orgulho.

— Está com inveja, "princesa do gelo"?

As três começaram a discutir com intensidade crescente, enquanto Hajime apenas suspirava, tentando não olhar demais — mesmo quando Aira se inclinava demais, Lily tropeçava "acidentalmente" em cima dele, ou Shira deixava escapar sua perna quando limpava a lança.

— …Por que minha vida virou isso?

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Surge o vilão: Barão Dravon, O Senhor das Correntes

Mas a paz não duraria.

A noite caiu. As chamas das fogueiras tremulavam... e os céus escureceram ainda mais. Um estrondo ecoou da floresta. O chão tremeu.

— V-você sentiu isso? — sussurrou Lily, agarrada ao braço de Hajime.

Das sombras, surgiu um homem imponente, com armadura negra, um chicote mágico enrolado no braço, e olhos como carvão em brasa. Um selo com 8 elos brilhava em seu peito.

— Saudações, vermes. —

Sua voz era como ferro arranhando pedra. — Vim buscar o garoto... o que ousa cortar correntes.

— Você deve ser o Barão Dravon… — Hajime se levantou. — Escravizador de reinos.

— E você deve ser o moleque atrevido.

Dravon estalou o chicote. Uma energia maligna tomou o ar. O poder da Corrente da Obediência fazia qualquer um de nível mais fraco se ajoelhar por instinto.

Lily caiu de joelhos. Aira rangeu os dentes. Até Shira tremia.

Mas Hajime permaneceu de pé. Seus olhos negros brilharam.

— Eu não ajoelho...

— …para ninguém.

Sua katana brilhou com aura branca. A Espada Sem Correntes enfrentaria pela primeira vez uma arma ancestral: o Chicote do Domínio.

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